Para
quem não sabe, por meio do Twitter é possível postar mensagens de até 140
caracteres. A sua tela sempre mostrará as mensagens objetivas das pessoas ou
organizações que você “seguir”, ou seja, cadastrar na sua lista.
É
preciso tomar cuidado para não se tornar “seguidor” de muitos perfis, pois,
caso contrário, você poderá não dar conta de acompanhar todas as mensagens ou
perderá muito tempo para cumprir tal tarefa, o que também não é sadio.
Se o
Twitter for bem utilizado, será sinônimo de informação rápida, de qualidade e,
o que também é bem interessante, gratuita!
Tornei-me
“seguidor” de jornais de grande circulação e passei a ficar “por dentro” das
novidades. E foi aí que surgiu a inspiração para escrever... Concluí que a nossa
vida se desenrola de forma parecida com o painel de notícias do Twitter...
Resolvi fazer uma alegoria.
A todo
o momento, informações, indagações e inquietações nos atingem... Quem não fica
atento ou protela intervenções acaba sendo “atropelado”, pois as “postagens”
são incessantes...
O que se
torna “seguidor” de pessoas de índole duvidosa ou maléfica fica “antenado” em
coisas que nada lhe acrescentam. Pode desenvolver inveja, desmotivação,
depressão, tendência para o crime e para as drogas, ócio, revolta, desrespeito,
baixa estima, descrença... Aquele que se conecta com as pessoas boas, vencedoras,
respeitadoras de direitos e honestas só tem a ganhar, pois acaba preenchendo o seu
tempo com bons exemplos e motivação para crescer na vida pessoal e na
profissional.
Se um
perfil aparentemente bom acabar frustrando nossas expectativas, bastará que
deixemos de segui-lo no microblog. Assim também devemos nos portar na vida, nos
afastando de todos que nos fazem mal ou simplesmente os ignorando quando o
afastamento não puder acontecer de plano.
Haverá
situações em que aquele perfil que admiramos no Twitter nos enviará informação
não tão boa para o nosso fortalecimento. Nesse momento bastará que partamos
para a próxima notícia sem acessar o “link” da primeira, ou seja, que filtremos
o conteúdo a ser acessado. Afinal, temos essa escolha. Na vida também acontece
de pessoas que admiramos, porque também têm defeitos, nos dizerem ou fazerem
algo desagradável. Se não for o caso de “excluir o perfil” dessa pessoa do
nosso relacionamento, bastará que relevemos o que foi dito ou feito, tarefa nem
sempre fácil de ser cumprida, mas que contribuirá para que a situação seja
serenada e recuperemos a paz.
O
“grande barato” da coisa é que sempre teremos o livre arbítrio para escolher quem “seguiremos” no Twitter e em quem
nos espelharemos na nossa vida... É certo que contatos com perfis ruins e a
insistência em acessar notícias de utilidade duvidosa no Twitter, nos trará
conseqüências danosas; mesma forma que certas amizades e/ou a dificuldade de
“filtragem” de posturas desagradáveis das pessoas.
No
blog, quando uma notícia boa vem de um perfil que apreciamos, devemos
prosseguir acessando o link nela contido ou mesmo pesquisar mais sobre o
prazeroso assunto. Nos relacionamentos pessoais e profissionais a gente também
deve investir tempo e atenção e aprofundar conhecimento acerca daquilo que nos
traz reforço espiritual e entretenimento sadio.
Se uma
informação da Internet é produtiva, devemos compartilhá-la. Na vida,
igualmente, temos amplas condições de transmitir aos nossos entes queridos o
que lhes poderá ser útil. E sempre temos de tomar cuidado para não aborrecer os
outros com lamúrias, mensagens derrotistas, obsessivas, subversivas ou que favoreçam
qualquer sentimento ou conseqüência negativa.
Por
fim, temos a escolha de comentar ou não aquilo que é postado no Twitter e o que
nos é dito pessoalmente. Se surge a idéia de elogiar de forma respeitosa e desinteressada,
não podemos perder a oportunidade... Afinal, já cantava a banda Legião Urbana:
“é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Quanto à crítica, se
tiver por objetivo auxiliar, poderá ser feita, dentro do possível, de forma
reservada. De resto, será melhor se abster.
Por
fim, você tem a escolha de acessar o seu Twitter quando estiver motivado, sem
que isso se torne uma obrigação. E também deve procurar ou permanecer com as
pessoas que gosta quando estiver à vontade e em condições de ser uma boa
companhia...
Como
se vê, pelo menos na teoria não é tão difícil assim fazer com que nossos
contatos sejam positivos, desde que “naveguemos” com bastante atenção,
inteligência e sensatez!
Adriano Rodrigo Ponce de Oliveira
Juiz de Direito em Penápolis(SP)
Professor no Unisalesiano/Lins
(redigido para a edição de março/2014 da Revista
Comunica)